Liderar uma empresa é tomar decisões que impactam diretamente pessoas, resultados e futuro. Algumas dessas decisões são animadoras — como contratar novos talentos ou anunciar conquistas. Outras, no entanto, exigem firmeza, coragem e clareza estratégica. Uma delas é a necessidade de demitir 10% do time que não acompanha o ritmo de crescimento da organização.
Embora essa medida pareça dura à primeira vista, ela é parte fundamental da maturidade de gestão. Afinal, empresas que crescem de forma desorganizada acumulam gargalos, perdem eficiência e comprometem a saúde financeira. Portanto, entender a lógica por trás dessa decisão pode ser o divisor de águas entre uma liderança reativa e uma liderança verdadeiramente estratégica.

A Origem da Regra 20/70/10
A ideia de que uma empresa deve periodicamente reavaliar seu quadro de colaboradores ganhou força com Jack Welch, o lendário CEO da General Electric. Durante sua gestão, Welch aplicou a chamada regra 20/70/10.
- 20% da equipe: são os talentos de alta performance, que puxam a empresa para frente.
- 70% da equipe: são consistentes, cumprem seu papel e podem crescer com treinamento.
- 10% da equipe: são aqueles que não se alinham à cultura, não evoluem mesmo após feedbacks e acabam gerando mais custos do que resultados.
Segundo Welch, a missão do líder é clara: premiar os 20%, treinar os 70% e demitir os 10%.
Por Que Essa Regra Ainda é Relevante
Apesar de ter sido formulada há décadas, a lógica permanece atual. Afinal, empresas modernas enfrentam desafios ainda mais intensos: inovação acelerada, pressão por resultados, globalização e instabilidade econômica.
Nesse cenário, manter profissionais desalinhados pode gerar efeitos devastadores:
- Sobrecarga dos colaboradores de alta performance, que assumem tarefas adicionais.
- Aumento de custos ocultos, como retrabalho, erros e atrasos.
- Clima organizacional negativo, com desmotivação dos que entregam mais.
- Perda de competitividade, já que talentos desmotivados buscam outras oportunidades.
Portanto, demitir não é apenas cortar custos. É, sobretudo, abrir espaço para talentos que compartilham da visão estratégica da empresa.
O Olhar Humanizado na Tomada de Decisão
Antes de qualquer desligamento, é essencial adotar um olhar atento e humano. Muitas vezes, a baixa performance pode estar relacionada a fatores externos, como dificuldades pessoais ou falta de treinamento.
Por isso, líderes responsáveis devem:
- Oferecer feedbacks claros e construtivos.
- Investir em capacitação e acompanhamento individual.
- Dar prazos realistas para evolução.
No entanto, quando o profissional não demonstra mudança após sucessivas oportunidades, o desligamento deixa de ser crueldade e passa a ser justiça com a equipe e com o negócio.
Como Identificar Quem Está nos 10%
A decisão de demitir precisa ser baseada em critérios objetivos, e não em impressões pessoais. Algumas perguntas ajudam nesse processo:
- O colaborador cumpre suas metas de forma consistente?
- Ele se engaja com a cultura e os valores da empresa?
- Apresenta evolução após receber feedbacks e treinamentos?
- Sua atuação contribui ou atrapalha a performance do time?
Se a resposta for negativa na maioria dos pontos, é sinal de que esse profissional está travando mais do que contribuindo.
O Impacto Positivo de Demitir com Estratégia
Embora o desligamento seja difícil, os resultados podem ser surpreendentes. Empresas que aplicam a regra 20/70/10 de forma consistente relatam:
- Aumento da produtividade, já que os talentos ganham mais espaço para atuar.
- Melhora do clima organizacional, pois a equipe percebe justiça e meritocracia.
- Redução de custos, com eliminação de falhas e retrabalho.
- Atração de novos talentos, que buscam ambientes exigentes, mas justos.
Em outras palavras, a coragem de demitir abre caminho para a excelência.
Exemplo Prático: Quando Demitir é Salvar
Imagine uma empresa de consultoria com 50 colaboradores.
- 10 entregam consistentemente acima da média.
- 35 cumprem suas funções de forma satisfatória, mas ainda podem evoluir.
- 5 vivem em baixa performance, acumulam atrasos e desmotivam o time.
Ao manter esses 5 colaboradores, o custo é invisível, mas alto: desorganização, sobrecarga e clientes insatisfeitos. Ao demiti-los com clareza e estratégia, a empresa não apenas elimina gargalos, mas também abre espaço para contratar talentos que realmente agregam valor.
Conclusão: Liderança é Coragem
Demissões sempre serão decisões difíceis. Contudo, a maturidade do líder está em compreender que crescimento sustentável exige ajustes constantes.
Ao aplicar a regra 20/70/10, você não apenas fortalece sua equipe, mas também envia uma mensagem clara: sua empresa valoriza meritocracia, busca excelência e não aceita desperdício de energia ou recursos.
Liderar é, muitas vezes, ter coragem de dizer “não” para proteger o “sim” que sustenta o futuro da empresa.
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